29.5.09

É jazz do coração

O que morre de morte morrida, nasce de nascimento nascido. Aqui jaz o fenecente, mas não o fim - isso é coisa deles, e eles não nos interessam. Por meio deste, a vida se entrega insana, sabor de vodka na boca e um suspiro de aurora nos olhos.



Conversa


E quando na madrugada a tosse aumentava
e os olhos cintilavam como a vida - terçã
Me irei de querer partir contigo,
ensejei fazer em mim navios e sangrar
Até as lágrimas do mar me navegarem
A centelha de teus olhos, meu porto
E tu formando cair, eu a pedir mais
Não cais, não cais, amor que o mar
secou e o sal agora é mel
Na boca de quem prometeu, não se fala
Mais que a cor do hoje
Até amanhã vou ser manhã que nasce,
sol iluminado por tua luz
Que o depois já é cruz
que minhas velas recolhem
e ameaçam apagar
Intermitentemente, como o vento
Mais mudo sim o norte, por tua ordem,
giro agora o leme a longe vista,
onde o mar abre-se ao dobrar do sol.