Fui andando nas nuvens a ver onde daria. Eram fios de cabelo tão finos quanto macios de um homem tão antigo, de pés em forma de raiz que tocaria o mais fundo da terra e de mensura esbarrável no sol ou na escura agitação das maternidades-cemitérios de estrelas.
Ía em passo descelerado. Ele mesmo não saberia dizer o que era o oposto disso, porque chegar era um lugar que ele nunca ouvira falar. Andarilhava e o caminho lhe dizia onde ir e seguia sempre vendo, e ao ver, se transformava. Para cada alumbramento provocado por uma contemplação, estabelecia ele as bases de um novo ser e ali cultivava as poeiras abençoadas de cada pensamento inútil e bem-vindo. Pois a vida era feita de distração.